terça-feira, 8 de abril de 2014

DESMATAMENTO



         O poeta  Enoch Carneiro, em seu livro Delírio Solitário, aborda de forma poética a questão do desmatamento de florestas, industrialização, destruição e morte de árvores e gente.
         Diz o poeta em sua poesia " GAFANHOTO"


As máquinas roncavam,
A seiva gemia indefesa 
As árvores caíam vagarosamente
como se o vento
Tentasse, em vão livrá-las
Da fúria do trator esteira
Aqui, acolá corria um tatu
Voavam os pássaros enlouquecidos,
Era o fim da selva.
Eram gafanhotos do fim do mundo
Derramando sua fúria sobre as matas,
Eles bebiam óleo diesel
E trabalhavam(destruíam) o dia todo.
Até que um dia a fábrica se ergueu 
E não mais se escutou nenhum canto
A não ser o apito das caldeiras 
Que intimavam os homens ao trabalho,
E a jornada durava muito (estafava).
Um peão subnutrido morria na fila 
Os apitos da da fábrica aos poucos
Erguiam mais um tumulo simples,
E os moradores da pequena cidade
De céu completamente enegrecido
Resolveram gritar e calar a fábrica.
Muitos outros moradores morreram
Até que as paredes do  monstro ruíram
E as árvores rachavam as as calcadas,
Era a vida se opondo a morte 
E renascendo dos escombros 
De uma civilização falida 
Que operando as máquinas, desmanchava 
A natureza, feita por Deus.
                                               
                                                                     
                                                                             Enoch Carneiro


    Veja também fotos da caatinga:

               









                   

Um comentário:

  1. É certo que o desmatamento contribui decisivamente para a degradação do solo,para o aquecimento ejuntamente com o CO2, para o aumento do efeito estufa.
    E que o grande vilão é o produtor rural.
    Acontece que, esquecem de citar, por desconhecimento ou má fé, dos danos provocados pelos aglomerados urbanos, com suas impermeabilizaçoes dos solos, com seus dejetos ( orgânicos e/ou inorganicos), nem sempre colocados em locais apropriados; esquecem-se das emissões provocadas por seus transportes, suas fábricas e seus lazeres.

    Se você tem uma boa formação cultural( ou não), mas tem como se alimentar dignamente pelo menos tres vezes por dia, você, no.mininmo precisou que produtor rural cuidasse para que esta comida chegasse ao teu prato.
    Não seja ingrato. Pense nisto e pare de falar " abobrinhas ", algumas, digamos, no mínimo sem sustentação científica, pois cada dia mais, nós produtores rurais, estamos lutando para produzir um alimento com.menos agroquímicos, maus saudáveis e disponíveis.
    A duras penas.
    Estamos entendidos?

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